Para assinalar um ano desde o início da invasão da Ucrânia, a União Europeia (UE) está a planear adotar o décimo pacote de sanções à Rússia.
Em conferência de imprensa conjunta com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse em Kiev que a UE vai continuar a obrigar o Presidente russo, Vladimir Putin, pagar pela guerra, com a adoção de novas sanções ainda este mês.
«Antes de a Rússia começar a guerra, alertámos muito claramente sobre os custos económicos enormes que iríamos impor em caso de invasão, e hoje a Rússia está a pagar um preço elevado, à medida que as nossas sanções estão a asfixiar a sua economia», disse a responsável, naquela que foi a sua quarta visita ao país desde o início da invasão.
«E vamos levar a pressão ainda mais longe. Vamos introduzir, com os nossos parceiros do G7, um limite de preço adicional aos produtos petrolíferos da Rússia e, a 24 de fevereiro, exatamente um ano desde que a invasão começou, contamos implementar o décimo pacote de sanções», acrescentou, dizendo ainda que «a Rússia também terá de pagar pela destruição que está a causar, e terá de contribuir para a reconstrução da Ucrânia».
«Para tal, estamos a explorar com os nossos parceiros como usar os bens públicos da Rússia [congelados pela UE no quadro das sanções] em benefício da Ucrânia», concluiu.
Recorde-se que na segunda-feira a UE decidiu prolongar por mais seis meses as sanções que visam setores específicos da economia da Rússia, em vigor desde 2014, por ocasião da anexação da Crimeia.
Na quarta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Yoshimasa Hayashi, reafirmaram o seu compromisso em apoiar a Ucrânia através de sanções. «Gostaríamos de promover ainda mais a cooperação em vários campos entre o Japão e a NATO como parceiros que partilham valores fundamentais», declarou Stoltenberg num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, após uma reunião em Tóquio. Stoltenberg e Hayashi disseram igualmente que países «com ideias semelhantes e valores comuns devem juntar-se e continuar a impor sanções à Rússia e a apoiar a Ucrânia».
A invasão da Ucrânia pela Rússia teve início em fevereiro do ano passado. Desde então, as hostilidades terão provocado a morte a mais de 200 mil militares de cada um dos lados da contenda. Relativamente aos civis, os números ainda estão longe de ser contabilizados.