Uma mulher que se fez passar por psiquiatra durante 20 anos foi condenada esta terça-feira pela Justiça britânica a sete anos de prisão efetiva.
Zholia Alemi trabalhou pelo Reino Unido como psiquiatra, depois de alegadamente ter falsificado o seu diploma, em 1995, que terá feito na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia.
A suspeita negou as 20 acusações, incluindo a de falsificação, mas foi considerada culpada por um júri de 13 acusações de fraude, três de obtenção de vantagem pecuniária por engano, duas de falsificação e duas de uso de instrumento falso.
A condenação segue uma investigação jornalística que começou em 2018, quando Alemi foi detida por tentar falsificar o testamento e as procurações de um paciente idoso.
A mulher estudou na Universidade de Auckland no início da década de 90, mas não terminou a o curso.
Segundo o tribunal, o trabalho nos últimos 20 anos rendeu à mulher cerca de 1,3 milhões de libras (cerca de 1,5 milhões de euros) em ordenados pagos pelo NHS (Serviço Nacional de Saúde britânico).
"Lamento muito que Zholia Alemi tenha conseguido ingressar no nosso registo médico na década de 1990, com base em documentação fraudulenta e por qualquer risco decorrente disso para os pacientes. Os nossos processos são muito mais fortes agora, com testes rigorosos para garantir que aqueles que se cadastram estejam aptos para trabalhar no Reino Unido", disse, citada pela BBC, Una Lane, diretora de registo e revalidação do GMC britânico.