Giorgia Meloni, primeira-ministra de Itália, numa carta dirigida ao Conselho Europeu, que se reúne entre 23 e 24 de março, sublinhou que a União Europeia (UE) deve trabalhar para a entrada legal e segura de migrantes .
"Devemos todos trabalhar juntos para reafirmar o princípio que [os migrantes] só entram na Europa legalmente e, portanto, em condições de total segurança e proteção", disse Meloni.
A primeira-ministra lançou um apelo à UE para que "desenvolva e dinamize os canais de migração legal, divididos entre os que têm direito à proteção e os que pretendem entrar por motivos de trabalho", assim como "combater sem hesitação os grupos criminosos que promovem a migração ilegal em massa".
Meloni acrescentou ainda que "sem uma intervenção concreta da UE, a partir das próximas semanas e durante todo o ano, a pressão migratória será sem precedentes, dado o contexto difícil que atinge vastas zonas do planeta".
A líder italiana também pediu ajuda financeira urgente para os países de origem dos migrantes para ajudar no desenvolvimento e impedir que as pessoas tenham que emigrar em busca de uma vida melhor.
A questão dos migrantes voltou ao primeiro plano da política internacional após o grande
A primeira-ministra não esqueceu de referir o naufrágio ao largo da Calábria, no sul de Itália, que ocorreu no domingo, onde morreram 64 pessoas e foram resgatados 84 sobreviventes
"O naufrágio ocorrido há alguns dias a poucos metros da costa de Crotone (Calábria), no qual morreram dezenas de pessoas, incluindo muitas crianças, chocou-nos a todos", declarou Meloni na carta