Em 2023, Portugal está muito pior do que estava em 2015. O facto é impressionante, quando sabemos que o PS recebeu das mãos do PSD e do CDS o país livre da troika, credibilizado no contexto internacional, com acesso ao crédito antes negado e sem sujeição aos ditames de quem fosse, governando com maioria absoluta.
A falta de critério no recrutamento de ministros e secretários de Estado, a destruição do Serviço Nacional de Saúde, a degradação do ensino nas Escolas, a incapacidade galopante dos Tribunais fazerem justiça, o desperdício de fundos comunitários essenciais, os valores recorde de impostos sobre as famílias e as empresas, são exemplos quase criminosos de uma governação falhada.
Previsivelmente, o impacto social de uma incapacidade assim, acaba também medido no comportamento do mercado de trabalho, com o INE a confirmar há dias, em relação a Janeiro, a tendência de agravamento do desemprego e de diminuição do emprego.
Entre agosto de 2022 e janeiro de 2023 o número de desempregados aumentou 60 mil e a taxa de desemprego subiu de 6% para 7,1%.
Esta evolução demonstra que o crescimento tardio da economia não está a criar emprego, dado particularmente grave, quando as famílias são já dramaticamente afectadas pelo aumento da carga fiscal e da inflação e consequente perda de poder de compra.
Acresce a circunstância desta evolução, coincidir com a do aumento da emigração de jovens muito qualificados, num desperdício escusado de trabalhadores que fazem falta ao desenvolvimento de Portugal.
Os socialistas não valorizam o valor do mérito e do esforço. Penalizam o empreendedorismo e desmotivam quem queira apostar no nosso país, dificultando o desenvolvimento dos negócios e das empresas.
Se há certeza que podemos ter, é de que este PS legará aos vindouros no Governo, problemas muito maiores, do que aqueles que recebeu. Foi sempre assim.