Justiça para a Vida Marinha

por Roberto Cavaleiro A Greenpeace, a Pew Trust, a WWF e outras entidades ambientais estão a celebrar a decisão da aliança de alto mar da ONU de introduzir até 2030 a primeira regulamentação definitiva de quase 65% dos ecossistemas marinhos do mundo que ficam fora das águas costeiras. Demorou vinte anos para produzir esta iniciativa…

por Roberto Cavaleiro

A Greenpeace, a Pew Trust, a WWF e outras entidades ambientais estão a celebrar a decisão da aliança de alto mar da ONU de introduzir até 2030 a primeira regulamentação definitiva de quase 65% dos ecossistemas marinhos do mundo que ficam fora das águas costeiras.

Demorou vinte anos para produzir esta iniciativa limitada, com resistência de princípio vindo de potentados do mar, como China, Rússia, Estados Unidos e Japão, cujas frotas de navios-fábrica causaram estragos indiscriminadamente ao “limpar a vácuo” os estoques de peixe, recifes de corais frágeis, krill, esponjas e algas marinhas.

A ambiciosa meta é declarar 30% dos oceanos como áreas de conservação protegidas, com a exploração restrita a cotas ou, na maioria das áreas, completamente proibida. Os 70% restantes permanecerão em águas abertas, mas a extração de recursos genéticos marinhos será supervisionada para garantir que sejam compartilhados de forma justa por nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Tudo soa bem até que se perceba que este acordo internacional tem muitas áreas mal definidas, como quem financiará e organizará o órgão de supervisão e a quais tribunais as transgressões serão encaminhadas para sentença.

Bem, pelo menos é um começo rumo ao eventual objetivo de mares limpos a serem usufruídos por uma população mundial de vegans reduzida e menos exigente!

 

Tomar 05/03/2023