Todos os parques e monumentos geridos pela empresa Parques de Sintra (PSML), alguns voltaram a encerrar, esta quarta-feira de manhã, devido a um novo plenário de trabalhadores.
Em causa está uma série de reivindicações dos funcionários, relacionadas com aumento de salários e progressão nas carreiras.
Reunidos à porta do Ministério do Ambiente, um grupo de trabalhadores entregou a Duarte Cordeiro uma carta com uma proposta de revisão da tabela salarial.
“A PSML encontra-se estagnada, já não sendo capaz de cumprir cabalmente a sua missão e colocando em risco o património inscrito pela UNESCO”, lê-se na carta do SINTAP – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com fins Públicos.
“23% dos trabalhadores em 2022 rescindiram contrato com a empresa; Não se consegue contratar ficando funções por exercer; (…) A empresa contrata trabalhadores altamente qualificados, exigindo conhecimentos técnicos e habilitacionais relevantes, forma-os e quase de imediato estes trabalhadores fogem para outra empresa ou para relações de trabalho precárias que lhe oferecem um salário um pouco mais elevado. Faltam trabalhadores em todos os palácios”, denunciam os trabalhadores.
Segundo o sindicato, “existe um ciclo de pobreza que se perpetua em todas as carreiras e que afeta quase todos os trabalhadores: 81% dos trabalhadores no atendimento ao visitante (que tem de falar línguas, conhecimentos de história, entre outras exigências) ganham o RMMG; 81% dos técnicos superiores ganham abaixo dos 1.500€ brutos; O subsídio de almoço é de 4.77€”, acrescentam.
O SINTAP lembra que “esta situação tem vindo a agravar-se ao longo dos últimos anos”, pois “os aumentos salariais não têm acompanhado o crescimento do RMMG”.
Sublinhe-se que a Parques de Sintra gere alguns dos monumentos mais visitados do país, como Parque e o Palácio da Pena, os palácios de Sintra e Queluz, o Castelo dos Mouros, o Parque e Palácio de Monserrate, o Convento dos Capuchos.