O sindicato de trabalhadores da Carris que não assinou o acordo com a empresa sobre aumentos salariais vai avançar com uma greve parcial e às horas extraordinárias, entre 4 e 11 de abril, avançou à Lusa fonte da estrutura representativa de trabalhadores.
Na quarta-feira, a Carris anunciou um acordo com quatro sindicatos, que visa o aumento salarial de 70 euros aos trabalhadores, mas o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), ligado à Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), não assinou.
Entre as reivindicações do STRUP estava um aumento salarial na ordem dos 100 euros, assim como um horário diário de sete horas de trabalho e rendições dos funcionários junto às estações, sendo que, perante a proposta salarial submetida pela administração da transportadora lisboeta de autocarros e elétricos, decorreu esta quinta-feira um plenário do sindicato para ouvir os trabalhadores.
Reunidos cerca de 200 funcionários, “foi decidido pelos trabalhadores a marcação de um período de greve às duas primeiras horas e últimas horas [no serviço de cada trabalhador] durante uma semana”, revelou Manuel Leal, do STRUP, à agência Lusa, acrescentando ainda que a greve se estende às horas extraordinárias.
O dirigente sindical indicou que o pré-aviso vai ser entregue esta quinta-feira e que a paralisação poderá prolongar-se além do dia 11.