Começou esta quinta-feira o mês do Ramadão para os muçulmanos portugueses, sem restrições devido à pandemia, no qual estarão em jejum todos os dias entre as 5h e as 19h, até 21 de abril, não podendo comer e beber.
Depois de dois anos marcados pela covid-19, a Mesquita Central de Lisboa prepara-se este ano para receber "centenas de pessoas" diariamente para quebrarem o jejum após a oração do pôr-do-sol, disse à Lusa o imã da Mesquita Central de Lisboa, xeque David Munir.
"A expectativa é de haver um aumento [de crentes que irão à Mesquita], comparando com os anos anteriores", garantiu David Munir, sublinhando que o número de muçulmanos está a aumentar em Portugal, atualmente entre os 60.000 e os 65.000.
"Há muitos muçulmanos. Esse número está a aumentar devido à imigração. Têm vindo muitos muçulmanos dos países islâmicos", explicou.
Na mesquita, os muçulmanos que vivem no país vão poder quebrar o jejum às 19h.
"Antes da aurora até ao pôr-do-sol, (…) das 5h até às 19h, estamos em jejum. É um jejum total", acrescentou David Munir, deixando claro que todos os muçulmanos adultos não podem comer nem beber durante 14 horas.
Porém, o imã lembrou que existem exceções como crianças, idosos, pessoas doentes, turistas e grávidas, que não são obrigados a cumprir jejum.
As celebrações do Ramadão em Portugal deverão durar até à última sexta-feira de abril, quando se iniciará um novo mês lunar islâmico, o Shawwal.