O ex-presidente da Federação Portuguesa de Judo (FPJ), Jorge Fernandes, anunciou, esta quarta-feira, que não irá entregar a sua candidatura para a presidência. Depois do conflito aberto em agosto de 2022 prefere dar "um passo atrás para dar dois passos para a frente".
O ex-presidente preferiu não submeter o seu nome para as eleições da presidência da FPJ a 29 de abril. Jorge Fernandes afirma que esta retirada serve para "acalmar algumas pessoas". "Às vezes dar um passo atrás significa poder dar dois passos à frente. Os seis anos que estive na Federação dizem tudo, mas de junho, agosto, para cá tem sido stressante e para o judo também não tem sido benéfico", afirmou o ex-presidente. No entanto, o treinador não deixou de parte a possibilidade de voltar a tempo dos Jogos Olímpicos Paris2024
Apesar de deixar o cargo de lado, Jorge Fernandes não tenciona deixar o judo, concorrendo à presidência do Judo Clube de Coimbra, em 7 de abril, onde também regressará ao treino. Este foi o local onde foi destituído em dezembro após um inquérito aberto pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
O processo que o levou à saída do clube, foi desencadeado pela Associação de Castelo Branco que apresentou queixa no IPDJ. O antigo presidente tinha sido antes visado por sete judocas, entre os quais Telma Monteiro, que o acusaram de opressão, entre outras críticas. Jorge Fernandes foi mais tarde alvo de outro inquérito que incidia nas convocatórias para a seleção.
A pouco tempo de finalizar o prazo, o vice-presidente Sérgio Pina formalizou a candidatura à presidência da Federação de Judo. Esta candidatura é apoiada por Jorge Fernandes: "Penso que é a candidatura certa para levar o barco a bom porto, num ano de muitos desafios".