Bancos digitais sem lucros

Os bancos digitais, muito presentes no mercado brasileiro, não têm apresentado lucratividade. 

Por Aristóteles Drummond

Os bancos digitais, muito presentes no mercado brasileiro, não têm apresentado lucratividade. O C6, que tem participação relevante do J.P. Morgan, perdeu ano passado algo como quatro mil milhões e meio de euros. O Nubank, que chegou a ter valor de mercado igual aos gigantes Itaú-Unibanco e Bradesco, teve algum lucro pela primeira vez e um de seus fundos sofreu muito com as dificuldades das Americanas. Hoje seu valor de mercado é de um quinto do ITAÚ-Unibanco. O C6 ficou conhecido quando contratou a peso de ouro a modelo Gisele Bündchen para sua publicidade e agora o Nubank, ao promover alguns despedimentos, condicionou incentivos a um compromisso com ‘nunca falar mal ou criticar o banco’. O sindicato não gostou e o mercado não entendeu. O Inter, outro gigante das fintechs brasileiras, também não performou bem ano passado. Como o público, jovens especialmente, adotou bancos digitais, grandes grupos como o Bradesco passaram a ter uma bandeira voltada para a modalidade. Aliás, o Bradesco tinha mais de uma plataforma digital, ficando agora com uma, a Next, com ênfase justamente no público jovem.

 

VARIEDADES

• O Presidente Lula cancelou o sigilo sobre as visitas feitas ao ex-Presidente Bolsonaro e a sua mulher no Palácio da Alvorada, residência oficial. Mas, semanas depois, assinou ato criando o mesmo sigilo para o seu mandato. Aliás, continua a repercutir as declarações de Lula numa entrevista usando palavras do mais baixo calão em relação ao ex-juiz e senador Sergio Moro. Lula também preocupou a diplomacia brasileira com a inusitada acusação de que o Departamento de Justiça dos EUA trama para impedir as empresas brasileiras de engenharia de participar de concursos internacionais pelo envolvimento com casos de corrupção no Brasil.

• O Colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo, pediu desculpas aos pais de alunos pelo vídeo levado por uma professora em linguagem neutra. Os pais haviam reclamado. A linguagem neutra é a nova pauta das esquerdas brasileiras.

• Há tensão no mercado financeiro nacional e internacional em relação ao futuro do Brasil, alimentada pelas declarações do presidente Lula sobre a taxa de juros, que permanece estável no patamar de 13,75%, e a condenar e procurar anular a privatização da Eletrobras. Lula também tem afirmado que o investimento público é mais importante do que controlar a inflação.

• O Brasil fechou 2022 como o oitavo produtor de energia solar do mundo. Confirmados os projetos previstos para este ano, pode passar a sexto lugar. Ainda em energia, uma nova área promissora de petróleo parece ser a foz do Rio Amazonas. A exploração ali é condenada pela ministra Marina Silva.

• A favela da Rocinha, no Rio, perdeu o lugar da maior do Brasil para a Sol Nascente, de Brasília. A favela no entorno da capital tem 32 mil moradores e a do Rio 31 mil.

• A ala sindical do governo Lula estimula greves nos transportes onde os governantes locais são de oposição ao Governo Lula. O Metropolitano de São Paulo esteve parado por três dias. O mal estar nos produtores rurais permanece diante da omissão do governo nos casos de invasões que estão crescendo. 

• O Hopi Hari, maior parque de diversões do Brasil, vem apresentando lucratividade e vem honrando compromissos. Fica entre São Paulo e Campinas, sendo atração de toda a região da capital e municípios próximos e frequência de todo o país.

• O chanceler russo Sergei Lavrov será recebido por Lula ainda em abril. A viagem à China cancelada por questões de saúde ainda sem data. Mas a comitiva de 200 empresários e o ministro da Agricultura já estavam em Pequim e foram mantidos os compromissos que não teriam a presença do Presidente do Brasil. 

• O estádio do Pacaembu, em São Paulo, vai ser reinaugurado em janeiro do próximo ano. Está sendo transformado em  local multiuso com as tecnologias mais modernas e poderá receber quarenta mil pessoas para jogos ou espetáculos. A Copa de Futebol Feminino, que será no Brasil, poderá ser no novo estádio. 

Rio de Janeiro, março de 2023