A Polícia Judiciária deteve 15 portugueses, com idades entre os 25 e os 60 anos, suspeitos de crimes de burla informática, burla qualificada e branqueamento a cidadãos nacionais.
“As vítimas, por meio de engano e erro consciente, abriam mão de importâncias que transferiam para contas de terceiros, supostos fornecedores de bens/serviços ou intermediários de crédito, a que se sucediam outros movimentos financeiros que visavam criar uma cortina sobre aqueles que procediam à integração final na economia real, já em países terceiros (Benim e Lituânia), ficando as vantagens “limpas” para a organização. De igual modo, também para esses países eram remetidos os cartões de crédito e credenciais de movimentações de contas, operando posteriormente a organização a partir daí”, informa a PJ em comunicado.
No total, as autoridades realizaram 36 buscas domiciliárias em municípios de todo o país e foi dado cumprimento a 15 mandados de detenção, no âmbito da operação intitulada ‘Não passes cartão’.
Os detidos “apresentam ocupações diferenciadas e faziam desta atividade ilícita modo de vida”.
A operação contou com a participação de 180 operacionais, tendo resultado, além das detenções, na apreensão de documentação diversa, material informático e cartões bancários e de telecomunicações.
Os detidos vão ser presentes à autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para primeiro interrogatório judicial e para aplicação das medidas de coação.