Economia atípica

Analistas acham que até agosto o clima será este, com debates no Congresso para aprovar mudanças no orçamento e nos impostos. A realidade chegaria neste agosto, mês que no Brasil é ligado a crises, desde a morte trágica de Getúlio Vargas, passando pela renúncia de Jânio Quadros, a morte de JK e o impedimento da…

Por Aristóteles Drummond

O que acontece com a economia brasileira não tem explicação lógica. O Governo acentua sua linha esquerdista, os programas de privatização estão anulados, as estatais entregues a políticos e militantes sindicalistas, a independência do Banco Central, questionada e as bolsas, em queda. Mas a inflação não chega a 5%, abaixo dos EUA e de muitos países da União Europeia, e o real está valorizado frente ao dólar e ao euro. O Banco do Brasil fez umas emissões de títulos a sete anos, pagando 6,5 ao ano, em dólares, e vendeu tudo em minutos. Nos primeiros meses do ano, o superávit comercial é de 12 mil milhões de dólares. O crescimento patina, pelos cem dias, sem um sinal de acolhimento ou estímulo ao investidor.

Analistas acham que até agosto o clima será este, com debates no Congresso para aprovar mudanças no orçamento e nos impostos. A realidade chegaria neste agosto, mês que no Brasil é ligado a crises, desde a morte trágica de Getúlio Vargas, passando pela renúncia de Jânio Quadros, a morte de JK e o impedimento da Presidente Dilma. Quem viver verá.

O desempenho de Lula da Silva na viagem à China e seu indisfarçável alinhamento políticos a Rússia e China pode gerar dificuldades com os EUA. Os dois países já iniciaram o uso das duas moedas nas transações comerciais e estão convidando África do Sul e índia a também abandonarem oi dólar como moeda global. Ao criticar os EUA e a União Europeia na questão da invasão da Ucrânia Lula pode estar plantando uma dependência total de Pequim.

Os EUA são os segundo parceiro comercial do Brasil, concentra os negócios no mercado financeiro internacional, tem de controle americano boa parte da indústria nacional. 

 

VARIEDADES

• O Rio de Janeiro vai ganhar uma Tirolesa ligando o Pão de Açúcar ao Morro da Urca, com 755 metros, na altura de 440 metros. Será mais um equipamento de apelo turístico para a cidade.

• A família do falecido ex-governador Eduardo Campos, de Pernambuco, tendo um filho hoje como prefeito do Recife, quer anular na Justiça o processo em que o político socialista estava arguido por receber propina de empresas em conta na Suíça.

• A soja começa a servir para etanol. Duas usinas no Rio Grande do Sul já conseguem produzir álcool combustível ou industrial a partir da soja.

• A chinesa CTG adiou lançamento de ações no Brasil. E a maior fábrica das sandálias havaianas encerrou suas atividades no nordeste, provocando seiscentas perdas de empregos. A produção fica em São Paulo.

• A cantora norte-americana Dionne Warwick vai se apresentar em Brasília em maio. Dionne gosta do Brasil e anunciou que pretende morar na Bahia. A cantora tem 82 anos e não pensa em se aposentar.

• O governador Tarcísio Freitas, de São Paulo, desponta como o político de maior reconhecimento do país. Em seus cem dias de gestão, ele conquistou os paulistas e os brasileiros que acompanham o que acontece no Brasil.

• O cerco com ações na Justiça contra o ex-presidente Bolsonaro é impressionante. Na questão eleitoral, a acusação do Ministério Público se baseia em falas e vídeos condenando as urnas e anunciando que o sistema eleitoral era viciado. Teve ainda a reunião com os embaixadores estrangeiros para tratar do assunto. Na esfera criminal, a questão das joias ainda não explicadas. Ele já entregou o relógio com brilhantes, que, evidentemente não deveria ter mantido em sua posse.

• O antigo primeiro-ministro José Sócrates frequenta os jardins do Ibirapuera, em São Paulo para caminhadas. Está muito bem instalado nas imediações, endereço nobre da cidade.

• São Paulo já foi a segunda cidade do Líbano. A comunidade de origem sírio-libanesa é significativa em todo o Brasil, especialmente em São Paulo. A embaixada em Brasília apoia uma publicação de qualidade, que começa a lembrar grandes descendentes na vida nacional de relevo. No ultimo número tem destaque para o marcante jornalista Ibrahim Sued em artigo assinado por João Carlos Silva. 

Rio de Janeiro, abril de 2023