O vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Dominic Raab, renunciou esta sexta-feira ao cargo, depois de acusações de que terá cometido assédio laboral contra funcionários do Governo.
Rishi Sunkak, recebeu o relatório do inquérito independente realizado ao longo de vários meses um dia antes desta renúncia.
Raab publicou a sua demissão no twitter, onde disse sentir-se "obrigado a aceitar o resultado do inquérito", mas sublinha que só duas alegações foram confirmadas entre oito apresentadas.
"Acredito também que as duas conclusões adversas são falhas e criam um precedente perigoso para a conduta de boa governação. Primeiro, os ministros devem poder exercer uma supervisão direta em relação aos altos funcionários sobre as negociações críticas conduzidas em nome do povo britânico, sob pena de se perder o princípio democrático e constitucional da responsabilidade ministerial. Isto foi particularmente verdade durante o meu tempo como ministro dos Negócios Estrangeiros, no contexto das negociações do Brexit sobre Gibraltar, quando um diplomata sénior violou o mandato acordado pelo governo. Em segundo lugar, os ministros devem ser capazes de dar um feedback crítico directo sobre os briefings e submissões aos altos funcionários, a fim de estabelecer os padrões e impulsionar a reforma que o público espera de nós. Evidentemente, isto deve ser feito dentro de limites razoáveis", argumentou na rede social.
Dominic Raab sublinha ainda que “ao estabelecer o limiar para o bullying tão baixo, este inquérito criou um precedente perigoso".
Garantindo mesmo que "encorajará queixas falsas contra ministros, e terá um efeito arrepiante sobre aqueles que conduzem mudanças em nome do seu governo – e, em última análise, sobre o povo britânico”.