Foi aberta uma investigação ao antigo primeiro-ministro e líder do maior partido da oposição da Polónia, Donald Tusk, por alegado abuso de poder quando liderou o país, entre 2007 e 2014, em nome do empresário polaco, Marek Falenta.
O empresário alega que Tusk investigou o seu negócio e o obrigou a parar de importar carvão da Rússia, algo que considera ser um abuso dos seus poderes.
Falenta foi sentenciado a dois anos de prisão por organizar a gravação secreta de conversas privadas de líderes políticos e empresariais entre 2013 e 2014.
Estas escutas telefónicas e a sua respetiva publicação geraram um escândalo, em 2014, que complicou o regresso ao poder do partido pró-europeu de Tusk, a Plataforma Cívica, ajudando assim o partido populista, Lei e Justiça, a chegar a vencer as eleições, no ano seguinte.
Naquela altura, a Polónia importava quantidades enormes de carvão à Rússia, algo que o antigo primeiro-ministro tentava reprimir de forma a reforçar os laços com a União Europeia.
A investigação antecede as eleições da Polónia, que vão acontecer no final de outubro. O porta-voz do governo polaco, Piotr Muller, afirmou que Tusk terá a oportunidade de "provar, se assim acreditar, que não houve violação da lei".