A antiga "mão direita" de Donald Trump, Mike Pence, compareceu, na quinta-feira, perante um grande júri, em Washington, de forma a testemunhar sobre o seu envolvimento no assalto ao Capitólio dos Estados Unidos, em janeiro de 2021.
A presença do ex-vice-Presidente dos Estados Unidos aconteceu um dia depois de o Tribunal de Apelação da capital norte-americana decidir que Trump não podia impedir que Pence testemunhasse, com o ex-Presidente a alegar que os acontecimentos daquele dia estão cobertos pelo "privilégio executivo", o direito de os presidentes manterem comunicações confidenciais.
Pence também tentou apelar à decisão do júri que investiga a invasão ao Capitólio de o chamar a depor, contudo, este cedeu ao pedido, uma vez que um juiz de Washington afirmou que os possíveis atos ilegais do ex-Presidente nesse dia não estão protegidos pelo direito dos legisladores à confidencialidade.
Meios de comunicação norte-americanos afirmam que Pence pode ter informações relacionadas com as conversações que teve com o ex-mandatário e com os assessores no dia do ataque.
Além disto, este irá também ser questionado sobre a sugestão do advogado de Trump, John Eastman, de que poderia ter impedido a confirmação da vitória de Biden.
A invasão ao Capitólio, que ocorreu no dia 6 de janeiro de 2021, viu cerca de 10 mil apoiantes de Trump a marchar até ao Capitólio e 800 a entrar no edifício, para contestar a vitória do atual Presidente, Joe Biden, nas eleições presidenciais. Nestes tumultos foram registados cinco mortos e cerca de 140 agentes feridos.