Lula da Silva assinou esta sexta-feira os decretos de demarcação de seis terras indígenas e prometeu demarcar o "maior número possível” destas terras durante os próximos quatro anos, avança a Lusa.
A cerimónia aconteceu durante a 19.ª edição do Acampamento Terra Livre, com milhares de indígenas acampados em Brasília, este ano sob o lema "O futuro indígena é hoje. Sem demarcação, não há democracia!", sobre os cerca de 200 territórios reivindicados pelos povos indígenas que esperam demarcação.
"Eu não quero deixar nenhuma terra indígena que não seja demarcada nesse meu mandato de quatro anos, esse é um compromisso que eu tenho e que eu fiz com vocês antes da campanha”, disse o Presidente do Brasil.
“O que nós queremos é, ao terminar o nosso mandato, os indígenas brasileiros estarem sendo tratados com toda a dignidade que todo ser humano merece", acrescentou.
Arara do Rio Amônia, no Acre, Uneiuxi, no Amazonas, Kariri-Xocó, em Alagoas, Tremembé da Barra do Mundaú, no Ceará, Rio dos Índios, no Rio Grande do Sul, e Avá-Canoeiro, em Goiás foram as terras hoje foram demarcadas, com o Governo brasileiro a garantir que outras seis terras indígenas estão bem encaminhadas para demarcação.
As anteriores áreas demarcadas foram há cinco anos e os processos foram interrompidos desde 2019, pelo Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar de ser uma obrigação do Estado de acordo com a Constituição de 1988, mas Lula da Silva comprometeu-se a retomar imediatamente essas demarcações.