Por João Maurício Brás
A data de 25 de Abril devia servir para pensarmos sobre o país que existe, o que temos de melhorar, o que tem corroído esse ideal e quais os responsáveis. Este ano abastardou-se a data. Lula significa o triunfo de quem destrói verdadeiramente a democracia, o cúmplice dos tiranos, a amoralidade política e para muitos a subversão do Estado de direito e da separação de poderes, a nebulosa da corrupção e da vigarice.
O grande problema do país é o tipo de socialistas que temos, as suas práticas, os milhões de milhões de euros que desaparecem, os seus tachos ou o Chega?
O presidente da Assembleia da República é o homem que fazia os programas de Sócrates, n.º 3 desse Governo e temos também como primeiro-ministro o n.º 2 de Sócrates. É simbólica a presença de Lula para satisfação socialista. Nunca houve um Governo e um Presidente da República tão medíocres politicamente como os atuais. Deles ficará uma soma de anedotas e de prejuízos brutais para o país.
Façamos um balanço mínimo, a nossa democracia é muito defeituosa, o crescimento económico é um fracasso e o desenvolvimento social um falhanço. Portugal mudou muito nos últimos 50 anos, como já estava a mudar na década de 60 e 70, mas a Europa e o mundo também mudaram. Muito do que se alterou foi imposto pela UE, infelizmente não mudamos por nós. Temos recebido muito dinheiro da UE, 130 mil milhões de euros chegaram até nós entre 1986 e 2018, mas continuamos a divergir negativamente dos padrões europeus. Em 2020, por exemplo, os portugueses tinham menos poder de compra face à média Europeia que no ano 2000.
Uma coisa são as ficções da propaganda socialista alimentada pela média subservientes, outra coisa a realidade, estamos mais pobres e mais atrasados a cada ano que passa. Quem aufere um vencimento ilíquido de 2000 euros é considerado rico. Compare-se os nossos ordenados com os dos outros países europeus, até os países de Leste que entraram mais tarde na U.E. nos estão até a ultrapassar em PIB per capita com é o caso da Roménia.
No plano real estes políticos falharam Abril, no plano propagandístico é tudo um êxito. Pensemos na obscuridade dos negócios das PPP, das falhas das regulação e fiscalização na Banca, nos negócios como a TAP, o Parque Escolar, o Siresp e tantos outros e no prejuízo de biliões de euros que saem do nosso bolso. Os governos socialistas e uma parte dos sociais-democratas gerem muito mal e sem consequências o dinheiro e os serviços públicos, como é o caso na Saúde e na Educação. Na justiça há casos que duram décadas e resolvem-se pela prescrição.
Continuamos também com quase 50% da população no limiar da pobreza, número que se reduz apenas com as transferências sociais. Uma democracia favorece o elevador social, não subsidia a miséria para comprar votos. Os nossos índices de corrupção e de tributação são vergonhosos, ainda recentemente conquistamos o título de campeões da fraude com os dinheiros europeus, 25% na totalidade do gamanço.
Precisamos de políticos capazes e sérios, de menos Estado, melhor educação e saúde e valorização dessas profissões, menos carga fiscal, justiça célere e não ideológica, tolerância zero com a corrupção e a má gestão dos dinheiros públicos, médias independentes, mais soberania nacional, menos imigração descontrolada e fixação dos nossos jovens, pois 10% dos portugueses imigraram entre 2011 e 2022.