Depois de ter sido condenado em tribunal, o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou, na quarta-feira, a acusação por abuso sexual da jornalista, E. Jean Caroll, alegando nunca ter visto a jornalista.
"Juro pelos meus filhos que não faço ideia quem é essa mulher. É uma história falsa e inventada", confessou o republicano, que foi condenado por um tribunal a pagar uma indemnização de cinco milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros),durante um encontro com cidadãos, organizado pelo canal de informação norte-americano CNN.
Trump ridicularizou a jornalista, que o acusou de abuso sexual num vestiário de uma loja em Manhattan, garantindo que o julgamento foi comprado, sem elaborar a alegação, acrescentando que esta era "louca", enquanto da plateia se ouviam aplausos e gargalhadas.
O ex-Presidente respondeu a perguntas da jornalista Kailtan Collins e de elementos da plateia sobre vários temas, nomeadamente, a invasão do Capitólio, as presidenciais de 2020, a guerra na Ucrânia e o direito ao aborto, gerando momentos de com a jornalista, o que levou Trump a chamar Collins de "pessoa desagradável".
Carroll, que é uma das mais de uma dúzia de mulheres que acusaram Trump de agressão ou assédio sexual, revelou que o antigo apresentador do programa The Apprentice a violou em 1996 num vestiário de uma loja em Manhattan.
O ex-Presidente dos Estados Unidos não compareceu no julgamento civil, contudo este disse que nunca encontrou Carroll, na loja e não a conhecia, acusando-a de ser uma "maluca" que inventou "uma história fraudulenta e falsa" para vender um livro de memórias.
A jornalista está a pedir uma indemnização monetária não especificada e uma retratação das declarações de Trump que alega serem difamatórias.