A Igreja Católica portuguesa pode vir a ser sinalizada para eventuais necessidades de reparação financeira confessou a coordenadora do Grupo VITA, Rute Agulhas.
"Em cada pessoa que nos chegar vamos tentar perceber as suas necessidades. E se em algum momento percebermos que algum apoio económico poderia fazer a diferença e ser determinante para aquela pessoa, pois naturalmente essa informação será passada à diocese nesse sentido", afirmou a coordenadora, à Lusa.
"Aquilo que normalmente as vítimas mais valorizam, e que é muito importante do ponto de vista da recuperação, é sentir que são acreditadas, que não são culpabilizadas nem julgadas, e que a Igreja olha para elas de uma forma positiva, de suporte e de validação da sua situação. No entanto, para algumas pessoas pode haver essa outra dimensão, à qual nós naturalmente estamos também atentos", acrescentou.
Rute Agulhas defendeu que a questão financeira, apesar de existirem "muito poucos" ocasos onde faça uma diferença muito significativa, não deve ser excluída do âmbito de atuação junto das vítimas.
A coordenado argumenta que esta questão deve serintegrada na abordagem, ativando eventuais respostas de auxílio caso isso seja relevante para a pessoa.