Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, recusou esta terça-feira, comentar a disponibilidade de vários países para enviarem caças F-16 para a Ucrânia, insistindo na necessidade de acelerar a produção de munições.
"É extremamente importante aumentar a produção de munições", disse Stoltenberg à entrada de uma reunião dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), em Bruxelas.
O secretário-geral da NATO foi questionado sobre a decisão de Joe Biden, na última semana, de autorizar que países que pertencem à NATO e à UE enviem caças F-16 para a Ucrânia, mas não quis comentar, focando apenas na formação que vai ser dada a pilotos ucranianos para os equiparar "aos padrões de aviação de combate modernos da NATO".
Stoltenberg disse que vai participar na reunião de hoje na tentativa de mobilizar a "base industrial transatlântica" para produzir munições de grande calibre, especificamente de 155 milímetros, que são as utilizadas pelas Forças Armadas da Ucrânia.
Dada a decisão dos países que apoiam a Ucrânia de atender ao pedido que Volodymyr Zelensky tem feito há meses, o 'número dois' do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse no sábado, citado pela Agência de Notícias Russa, que o Ocidente estava a incentivar uma escalada da guerra e que poderia ser implicado nessa decisão.
Os Estados-membros da NATO tinham até agora negado os pedidos da Ucrânia de receber aeronaves de combate modernas por receio da sua utilização para atacar o território russo, porém, Zelensky garantiu ao presidente dos Estados Unidos que apenas seriam utilizadas para defender o território ucraniano.