Em Hong Kong encontram-se 1.491 presos políticos, acusou a ativista pró-democracia Carmen Lau, referindo que estes estão detidos por violar a lei de segurança nacional e de outros delitos.
"Há cada vez mais presos políticos nas prisões de Hong Kong, não só ao abrigo da lei de segurança nacional, mas também com muitas outras acusações", afirmou a ativista durante o seminário "Navegar no futuro da democracia de Hong Kong", organizado pelo centro de estudos Chatham House, a acontecer em Londres.
Além dos quase 1.500 presos políticos, Lau referiu que 85 organizações de sociedade civil terão sido dissolvidas depois da introdução da lei de Segurança Nacional, em 2020.
Nathan Law, outro ativista e antigo deputado, também refugiado no Reino Unido, afirmou que "nos últimos dias surgiram novos processos com acusações a manifestantes ao fim de quatro anos" ligados aos protestos antigovernamentais de 2019.
"São mais de mais de uma dúzia de manifestantes com acusações apresentadas há poucos dias", afirmou o antigo deputado, que fugiu antes de um julgamento por participar numa vigília em memória do massacre de Tiananmen em 2020.
Estes dois ativistas estiveram em risco de serem detidos até se refugiarem no Reino Unido, país que desde 2021 concedeu visto de residência a 160 mil residentes de Hong Kong com passaporte britânico.