Julgamento de português acusado de incitação à subversão em Hong Kong é adiado

Segundo a acusação, Joseph John era administrador do perfil de Facebook do Partido para a Independência de Hong Kong, uma organização fundada no Reino Unido em 2015, no entanto, a comissão eleitoral britânica revogou o estatuto de partido político em 2018.

O cidadão português Joseph John, acusado de incitação à subversão, crime com uma pena máxima de 10 anos de prisão, viu o seu julgamento ser adiado por um tribunal de Hong Kong, para o dia 15 de agosto.

O juiz Stanley Chan Kwong-chi aceitou o pedido da defesa para ter mais tempo para analisar a acusação, adiando pela terceira vez o arranque do julgamento.

O novo advogado de Joseph John, Randy Shek Shu Ming, afirmou que o Departamento de Justiça de Hong Kong só no final de maio aceitou um pedido de apoio judiciário para o português, algo que o juiz aceitou, contudo, defendeu tratar-se de "um caso muito simples, em que é somente necessário analisar o conteúdo das mensagens eletrónicas".

Segundo a acusação, Joseph John era administrador do perfil de Facebook do Partido para a Independência de Hong Kong, uma organização fundada no Reino Unido em 2015, no entanto, a comissão eleitoral britânica revogou o estatuto de partido político em 2018.

O suspeito, terá usado este perfil para, desde setembro de 2019, "lançar uma campanha de angariação de fundos para despesas militares, enviar petições para páginas de governos estrangeiros e apelar ao apoio de tropas estrangeiras", acusam as autoridades.

Joseph John apelou a Londres para declarar que a China estaria a "ocupar ilegalmente" Hong Kong, assim como pediu ao Reino Unido e aos Estados Unidos para enviarem tropas para esta região.