A ONG organização não-governamental Human Rights Watch apelou à China para "reconhecer a responsabilidade pelo assassinato em massa de manifestantes pró-democracia" na Praça de Tiananmen, em Pequim, a 4 de junho de 1989.
Num comunicado, este grupo argumentou que o Partido Comunista Chinês devia pagar compensações aos familiares das vítimas do massacre e acrescentou ainda que as autoridades chinesas estão a aumentar os esforços para apagar a memória do massacre.
Esta acusação surge devido ao restringimento do movimento e da comunicação de ativistas e membros das Mães de Tiananmen.
A polícia tem inclusive detido ativistas por causa de publicações que recordam esta data nas redes sociais, incluindo no Twitter — rede social que está banida na China continental — e ameaçado outros ativistas para que não assinalem a efeméride, disse a organização.
A 4 de junho de 1989, o exército chinês avançou com tanques para dispersar na praça de Tiananmen, em Pequim, protestos pacíficos liderados por estudantes, que pediam reformas democráticas para o país.
Esta ação causou um número de mortos que ainda é alvo de discussão. Segundo estimativas, este terá chegado às dez mil vítimas mortais.
No entanto, a China defenda que a repressão dos "tumultos contrarrevolucionários" levou à morte de duas centenas de civis.