O título de recente editorial do jornal Estado de S. Paulo – O Estadão – reflete o momento que vive o Brasil. O Presidente voltou distante da realidade. Briga com o setor privado, tolerando ações como invasões de terras, gera aumento de impostos e controles fiscais ineficazes e que provocam a fuga de capitais, e cria medidas populistas como baixar imposto de automóveis populares por alguns meses, quando o trabalhador que não tem 20 mil euros para comprar carro também não tem 17 ou 18.
O alinhamento com o novo eixo China-Rússia briga com a tradição da diplomacia brasileira e sem nenhum objetivo que não dar vazão ao sentimento antiamericano das esquerdas. Recebeu Nicolas Maduro esta semana com tapete vermelho no Palácio do Planalto.
Tenta melhorar suas relações com os políticos, mas não entende que tem perdido votações por motivos ideológicos, ao tentar anular conquistas do passado recente. O que pediu sem ideologia os políticos deram. O Parlamento é conservador.
Agora a polémica com ambientalistas que vetaram pesquisa da Petrobras a 170 km da costa do Amapá, onde os vizinhos já retiram petróleo. A produção pode ser a redenção do extremo norte do Brasil, que é muito pobre. E seria pesquisar e não explorar. Vai acabar liberando, mas com desgaste desnecessário. E as nomeações de políticos despreparados para as funções prosseguem.
Não aproveita que a economia vai bem, apesar disso tudo. Não se sabe até quando.
Embora com apenas quase 600 mil votos na disputa com Lula e Bolsonaro, o empresário, escritor e pensador Luiz Felipe d’Avila vai se tornando uma importante voz do pensamento liberal no Brasil. Atua na televisão como comentarista e escreve com regularidade em jornais da importância do Estadão. Avila é do Partido Novo, uma versão brasileira do Iniciativa Liberal português, e tem sido crítico do Presidente Lula da Silva. Vem denunciando a postura crítica ao agronegócio, de um lado, e a cumplicidade com o MST, de outro, como demonstração de que abraçou mesmo uma agenda ideológica. Para ele, o Presidente não quer facilitar a vida de quem trabalha e empreende, e sim dos militantes de seu partido que quer abrigar nas empresas estatais alterando a lei, e defende modelo económico semelhante aos da Argentina e Venezuela. Luiz Felipe d’Avila é genro do empresário Abílio Diniz e descende da matriarca da elite paulista Veridiana Almeida Prado, de quem é biógrafo.
VARIEDADES
• Morto há quatro anos, Gugu Liberato, ator, apresentador, produtor de televisão e empresário de sucesso, tem seu testamento questionado na Justiça. Seu património tem avaliação superior a 200 milhões de euros. Não se sabe os motivos, excluiu sua mulher, mãe de três filhos e com quem morava nos EUA, e ela luta na Justiça pelos seus direitos, com apoio das filhas. O filho defende que se respeite o testamento do pai.
• As festas juninas, até bem pouco tempo restrita ao Nordeste, entrou para o calendário turístico de muitas cidades. No Rio, há muitos eventos ao longo do mês que se comemora Santo António, São João e São Pedro.
• O goleiro Júlio César, que jogou em Portugal, no Benfica, foi da seleção brasileira e jogou em times da Inglaterra, Canadá e Itália, anunciou o fim de seu casamento de 21 anos com Susana Werner, ex de Ronaldo ‘Fenómeno’. Mas, dois dias depois, resolveram salvar o casamento. E o técnico Felipão deve treinar um time do Golfo Pérsico para a Copa de 26. que será nos EUA, Canadá e México.
• A gastança do setor publico chegou aos estados. Nove deles anunciaram aumento para os funcionários, embora as receitas tenham diminuído.
Rio de Janeiro, maio de 2023