O “clima de terror” que os sobreviventes de naufrágio na Grécia viveram

Este incidente está a ser considerado uma das maiores tragédia dos migrantes no Mediterrâneo, reacendeu as críticas à União Europeia por parte de organizações internacionais e ONG que criticam a sua política de migração.

Os sobreviventes da embarcação que naufragou, na passada quarta-feira, no mediterrâneo, ao largo da Grécia, e que deixou 78 vítimas mortais e centenas de desaparecidos, descrevem um "clima de terror" a bordo da embarcação.

"Viajámos durante quatro dias, deram-nos pouca comida e água suja. Calculo que havia cerca de 700 pessoas no barco", confessou Hasan, um sírio de 23 anos, num testemunho relatado pelo diário Kathimerini e citado pela Agência Efe, que cita testemunhos gravados por canais de televisão, que afirmam que os traficantes de seres humanos que comandavam a embarcação pediam dinheiro e tinham barras de ferro para aterrorizar os mais de 700 migrantes a bordo do barco de pesca.

As autoridades prenderam nove homens de nacionalidade egípcia, que se encontravam entre os 104 passageiros resgatados do mar e entre os quais se encontravam oito crianças, que acreditam serem os responsáveis pelo navio.

Os detidos são acusados de formar uma organização criminosa para o tráfico de migrantes, provocar um naufrágio e pôr vidas em perigo.

Estes homens vão ser, na segunda-feira, presentes ao Ministério Público da cidade de Calamata, na Grécia.

Este incidente está a ser considerado uma das maiores tragédia dos migrantes no Mediterrâneo, reacendeu as críticas à União Europeia por parte de organizações internacionais e ONG que criticam a sua política de migração.