Iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ estimula a cooperação entre China e América Latina

As rosas do Equador vendem-se bem em Guangzhou, a “cidade das flores” da China. Cuba e outros países abrem lojas on line em plataformas de comércio eletrónico chinesas. A carne de vaca da América Latina também está a expandir o seu mercado na China…

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Como é que a cooperação com a China se tornou tão intensa na América Latina?

Talvez a resposta possa ser encontrada numa entrevista recente com o antigo Presidente colombiano, Ernesto Samper, que afirmou: "Estamos deste lado do Oceano Pacífico e estamos ansiosos por uma iniciativa de desenvolvimento comum que atravesse o Pacífico".

Ora essa iniciativa já existe, chama-se “Uma Faixa, Uma Rota” e é promovida pela China.

Recentemente, o Ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, visitou a China, tendo sido assinado um plano de cooperação no âmbito da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.

De acordo com as estatísticas mais recentes, o círculo de amigos da iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota" alargou-se a 21 países. Esta iniciativa está a ganhar popularidade na América Latina porque a cooperação que ela promove é realmente benéfica para os povos de ambas as partes.

Desde há 10 anos, a China mantém a sua posição como segundo maior parceiro comercial da América Latina. Em 2022, o comércio total entre a China e a América Latina atingiu um valor recorde de cerca de 486 mil milhões de dólares (cerca de 444 mil milhões de euros). É possível constatar que o efeito mais direto da construção de "Uma Faixa, Uma Rota" é o aumento do volume de comércio entre a China e a América Latina, permitindo que a América Latina compartilhe os dividendos do crescimento económico da China.

Além disso, como alguns dos projectos de "Uma Faixa, Uma Rota" estão localizados em áreas remotas da América Latina, e a sua implementação contribuiu diretamente para o desenvolvimento e o emprego locais e melhorou as condições de vida dos habitantes.

Por exemplo, a China investiu na construção da central fotovoltaica de maior altitude da América do Sul, em Gauchare (Argentina), outrora uma das regiões mais subdesenvolvidas do país. A central entrou em funcionamento comercial em Setembro de 2020 e no seu primeiro ano de produção de energia, o projeto resolveu o problema do emprego de mais de uma dúzia de aldeias circundantes. No final de fevereiro de 2023, o projeto tinha gerado um total de 1,74 milhões de megawatts-hora de eletricidade, aliviando consideravelmente a escassez de eletricidade local.

Como alguns dos projetos sob esta iniciativa chinesa estão localizados em áreas remotas da América Latina, a sua implementação contribui diretamente para o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida das populações. Mais importante ainda, a iniciativa injetou nos países latino-americanos um novo ímpeto para o seu desenvolvimento e fortaleceu a sua capacidade de se desenvolver com esforços próprios.

Actualmente, o mundo está a entrar num período de mudanças turbulentas, com o crescimento económico a abrandar significativamente e os países em desenvolvimento a enfrentarem, em geral, maiores dificuldades. À medida que os países latino-americanos continuam a explorar o seu próprio caminho de desenvolvimento, estão cada vez mais conscientes de que a transplantação da experiência ocidental não surtiu efeitos satisfatórios.

Pelo contrário, a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", baseada na consulta, construção e partilha conjuntas, oferece-lhes uma boa solução para os seus problemas de desenvolvimento.