Alemanha, França, Estados Unidos e Reino Unido pretendem apostar numa estratégia de aproximação a Pequim, numa altura em que o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, se encontra em Berlim, depois de se ter reunido com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, que viajou até Pequim.
"Para a China, 'the meeting is the message' (a reunião é a mensagem)", afirmou o diretor executivo da MERICS, Mikko Huotari, um 'think tank' alemão com foco naquele país asiático, citando a famosa frase de Marshall McLuhan sobre a comunicação ("the medium is the message").
A visita de Li a Berlim é uma prova de que Pequim quer mostrar que o diálogo com um dos seus principais aliados não está comprometido, argumentou Li, apesar de um afastamento diplomático que se acentuou nos últimos três anos.
Entre as razões para este afastamento entre Berlim e Pequim está a pressão exercida pelo Governo norte-americano para que a Europa se desligue da dependência económica chinesa, em particular em áreas sensíveis como a energia e as telecomunicações.
Estados Unidos e China tem tido uma relação entre desde o mandato do ex-Presidente Donald Trump, e, atualmente, com Joe Biden.
Os Estados Unidos insistem que os países europeus devem rejeitar integrar a empresa tecnológica chinesa Huawei nos concursos para as redes 5G.
Os norte-americanos defendem que esta organização reporta diretamente perante o Partido Comunista Chinês, colocando sérios problemas de salvaguarda das informações que circulam nestas redes.