Bolsonaro continua agenda política apesar de julgamento

Ao mesmo tempo que cumpre a sua agenda política, decorre, em Brasília, a sessão do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral de Jair Bolsonaro, com os juízes a decidirem pela manutenção dos direitos políticos, inelegibilidade, ou adiar a decisão.

O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, seguiu para o estado de Porto Alegre de forma a cumprir a sua agenda política de dois dias, enquanto, ao mesmo tempo, acontece um julgamento que o pode tornar inelegível para a presidência nos próximos oito anos.

"O Presidente de Honra do Partido Liberal, Jair Bolsonaro, já está embarcando para Porto Alegre, onde participa nesta quinta-feira, 22, de almoço com a diretoria da TRANSPOSUL, e visita a 23.ª Edição da maior feira e congresso de transporte e logística da região sul do Brasil" escreveu no Twitter o partido do ex-Presidente.

Ao mesmo tempo, decorre, em Brasília, a sessão do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral que teve um início calmo, com sete juízes, presididos pelo juiz Alexandre de Moraes, 'inimigo número um' de Jair Bolsonaro, que decidem pela manutenção dos direitos políticos, inelegibilidade, ou adiar a decisão.

Segundo analistas, a expetativa é de que a decisão não seja tomada esta quinta-feira já que às 14h existe uma outra sessão no Supremo Tribunal Federal e os advogados do PDT, de Bolsonaro e o vice-procurador Eleitoral, Paulo Gonet, terão ainda de se manifestar.

Por isso, é esperado que o tribunal prossiga o julgamento nas sessões subsequentes de terça e quinta-feira (27 e 29 de junho respetivamente).

Contudo, caso algum dos juízes solicitar vista do processo, este "deverá devolver os autos para retomada do julgamento no prazo de 30 dias, renováveis por mais 30, contado da data da sessão em que o pedido de vista foi formulado", explica o tribunal.

Este caso está ligado a uma ação feita pelo Partido Democrático Trabalhista à instância que regula todo o processo eleitoral do país, no qual pede que declare como inelegíveis o ex-Presidente Jair Bolsonaro e o seu candidato a vice-presidente Walter Souza Braga Neto, nas eleições que foram ganhas por Lula da Silva no ano passado.