‘O Pai da Pantera Cor de Rosa’

por Nélson Mateus e Alice Vieira

Querida avó,

Como está a correr essa época de Santos Populares? Conhecendo o tempo da Ericeira, e o facto de não te expores ao sol, deves continuar branca que nem uma lula.
Uma vez disseram-me: «O seu projeto cheira a naftalina». Pois antes cheirar a naftalina do que as pessoas “não terem ontem”, como tantas vezes ouvi dizer o Varela Silva.
Hoje apetece-me falar de Vasco Granja, “o Pai da Pantera Cor de Rosa” que parte das nossas memórias.
Se fosse vivo, Vasco Granja teria celebrado 98 anos recentemente.
Era bastante carismático. Tratava o público todo de forma infantil, sem se preocupar com a idade de quem assistia. Começava o programa sempre com a frase «Olá amiguinhos». Ora, alguém que nos entra em casa, semanalmente, a tratar de forma tão afável, conquista logo todos os telespetadores, independentemente da idade. Vasco Granja era o “avô” das crianças da minha geração. Tal como os nossos avós quando nos davam a mão para ir ao cinema, o “avô” Vasco dizia algo como: «Os meus amiguinhos têm aqui um filmezinho» …
E assim foi durante 16 anos. O tempo em que teve no ar o programa “Cinema de Animação”. Vasco Granja dava-nos ainda a perceção da nossa pequenez. Mostrava-nos o Cinema do Mundo. Não apenas o cinema da Europa e da América do Norte. 
Recordo, com nostalgia, o Calimero e a Pantera Cor de Rosa.
O Calimero era um meigo, mas infeliz pintinho (o único pinto negro da família de galos amarelos). Andava sempre com metade da sua casca de ovo na cabeça.
A Pantera Cor de Rosa era uma Pantera fanática pela cor rosa, pois considera o rosa como sua cor favorita. Nunca usou a esperteza para enganar. Usou-a apenas para fugir ou esconder-se dos seus adversários ou para não ser incomodada. Às vezes vale a pena aplicar esta atitude!
Querida avó, está na hora de fechar o baú da minhas memórias pois a minha vida não é só isto.
Bjs 
 

Querida avó,

Como está a correr essa época de Santos Populares? Conhecendo o tempo da Ericeira, e o facto de não te expores ao sol, deves continuar branca que nem uma lula.
Uma vez disseram-me: «O seu projeto cheira a naftalina». Pois antes cheirar a naftalina do que as pessoas “não terem ontem”, como tantas vezes ouvi dizer o Varela Silva.
Hoje apetece-me falar de Vasco Granja, “o Pai da Pantera Cor de Rosa” que parte das nossas memórias.
Se fosse vivo, Vasco Granja teria celebrado 98 anos recentemente.
Era bastante carismático. Tratava o público todo de forma infantil, sem se preocupar com a idade de quem assistia. Começava o programa sempre com a frase «Olá amiguinhos». Ora, alguém que nos entra em casa, semanalmente, a tratar de forma tão afável, conquista logo todos os telespetadores, independentemente da idade. Vasco Granja era o “avô” das crianças da minha geração. Tal como os nossos avós quando nos davam a mão para ir ao cinema, o “avô” Vasco dizia algo como: «Os meus amiguinhos têm aqui um filmezinho» …
E assim foi durante 16 anos. O tempo em que teve no ar o programa “Cinema de Animação”. Vasco Granja dava-nos ainda a perceção da nossa pequenez. Mostrava-nos o Cinema do Mundo. Não apenas o cinema da Europa e da América do Norte. 
Recordo, com nostalgia, o Calimero e a Pantera Cor de Rosa.
O Calimero era um meigo, mas infeliz pintinho (o único pinto negro da família de galos amarelos). Andava sempre com metade da sua casca de ovo na cabeça.
A Pantera Cor de Rosa era uma Pantera fanática pela cor rosa, pois considera o rosa como sua cor favorita. Nunca usou a esperteza para enganar. Usou-a apenas para fugir ou esconder-se dos seus adversários ou para não ser incomodada. Às vezes vale a pena aplicar esta atitude!
Querida avó, está na hora de fechar o baú da minhas memórias pois a minha vida não é só isto.
Bjs