Foram ontem inauguradas, no Parque e Casa de Serralves, no Porto, duas exposições com um denominador comum: a obra do escultor norte-americano Alexander Calder (1898-1976), o pai das esculturas com movimento conhecidas como móbiles.
Organizada em colaboração com o Centro Pompidou, de Paris, e comissariada pelo diretor do Museu de Serralves, Philippe Vergne, Alexander Calder: Uma Linha de Equilíbrio divide-se entre a casa e o parque, apresentando tanto obras de pequenas dimensões como outras de grande escala. «Nas galerias da Casa de Serralves, a exposição apresenta algumas das peças mais importantes do escultor, criadas durante a sua estadia em Paris, feitas em arame e produzidas ao mesmo tempo que as figuras do famoso Cirque Calder [Circo Calder], bem como um importante grupo de móbiles da década de 1940. No ano em que se comemora o centenário do Parque de Serralves, a mostra inclui ainda um importante grupo de esculturas monumentais de Calder, dispostas nos jardins», resume a fundação portuense.
Também na Casa de Serralves, está patente Joan Miró/ Alexander Calder: Espaço em movimento, que documenta o encontro e as afinidades entre os dois importantes artistas, «uma das mais férteis amizades artísticas e diálogos visuais continuados do século XX». Calder e Miró, continua o comunicado do museu, «conheceram-se em Paris no final de 1928 e permaneceram em contacto próximo» até à morte norte-americano, em 1976.