SNS quer centros para atestados médicos em todo o país até ao final do próximo ano

Esta informação foi avançada pelo diretor executivo, Fernando Araújo, em Matosinhos, esta segunda-feira, cidade que já tem um projeto-piloto que já emite atestados.

O Serviço Nacional de Saúde pretende criar Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP) em todo o país até final de 2024.

Esta informação foi avançada pelo diretor executivo, Fernando Araújo, em Matosinhos, esta segunda-feira, cidade que já tem um projeto-piloto que já emite atestados.

"É um serviço inovador para os utentes. O objetivo é que, quando alguém precisa de renovar a carta de condução, de caçador, de desportos náuticos, de uso e porte de arma, enfim, aquelas declarações médicas que são necessárias, ao invés de se estar a marcar uma consulta com o médico de família, facilmente agenda neste local essa avaliação", explicou Fernando Araújo depois de uma visita ao CAMP da Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos.

O centro de Matosinhos faz parte de um projeto-piloto em que também está envolvida a ULS do Alto Minho, cujo CAMP foi também foi visitado pelo diretor executivo, em Viana do Castelo.

"Queremos muito, durante este ano e o próximo, à medida que as Unidades Locais de Saúde (ULS) se forem criando, replicar este modelo. Aqui serão dois bons casos de avaliação, de utilização, e serão dois casos de sucesso, não tenho dúvidas", disse Henrique Araújo, referindo também que o objetivo é, até ao final do próximo ano, haver estes serviços disponíveis em todo o país.

O diretor executivo explicou que o CAMP tem duas vantagens: "A primeira é que liberta o médico de família para a doença aguda, para doentes que precisam mesmo de ser vistos, retirando esta área mais administrativa e burocrática ao médico de família".

"Por outro lado [o utente] acaba por ter aqui um serviço muito fácil, muito simples, podendo até no portal do utente registar-se, e desta forma ter a resposta aos seus problemas, neste caso o atestado para poder renovar a carta, de forma muito tranquila", argumentou.