O presidente da Bielorrússia disse esta terça-feira que o líder do Grupo Wagner está no seu país.
De acordo com a agência noticiosa bielorrussa BELTA, que cita Alexander Lukashenko, a maior parte das armas nucleares que Putin disse que seriam colocadas na Bielorrússia já estão no país, ainda que os soldados do grupo paramilitar não venham ter acesso a esse armamento.
Dando mais detalhes sobre o que de facto aconteceu nas últimas horas, o líder bielorrusso adiantou que falou ao telefone com Progozhin, pelas 11h00 da manhã (hora local) de sábado.
“Ele estava completamente eufórico. Durante a primeira ronda [de negociações], apenas trocámos palavrões durante cerca de 30 minutos. Analisei a conversa mais tarde. O número de palavrões era dez vezes superior ao das palavras normais”.
Antes disso, pelas 8 da manhã, depois de receber as notícias sobre a rebelião dos Wagner, Lukashenko disse que Putin queria conversar, tendo-lhe ligado pelas 10h10 contando “os detalhes sobre o que estava a acontecer na Rússia”.
“Fiz várias perguntas [a Putin], incluindo sobre os seus planos para lidar com esta situação, e apercebi-me de que a situação era grave”, afirmou, acrescentando que aconselhou Putin a não aniquilar o grupo Wagner, uma vez que este estava disposto ir mais além.