O Governo francês vai destacar esta quinta-feira 40 mil polícias e uma corporação militar para impedirem distúrbios, por receio de novos protestos noturnos contra a morte de um jovem pela polícia em Nanterre, Paris, na terça-feira.
"Vamos fazer todos os possíveis para que regresse a ordem", garantiu o ministro do Interior Gérald Darmanin, indicando que a mobilização das forças da ordem prevista para hoje é quatro vezes superior à força destacada na noite passada.
Na noite de quarta-feira, 170 agentes ficaram feridos sem gravidade.
Fontes da Procuradoria disseram à Associated Press (AP) que a Justiça francesa poderá iniciar uma investigação por "homicídio voluntário" do jovem atingido mortalmente a tiro por um polícia em Nanterre na terça-feira.
O procurador de Nanterre, Pascal Prache, disse que, com base numa investigação inicial, concluiu que "não estavam reunidas as condições legais para a utilização da arma" por parte do agente e pediu a prisão preventiva do agente que alegadamente disparou contra o jovem.
O advogado da família da vítima, Yassine Bouzrou, disse à Associated Press que pretende que o agente da polícia seja processado por homicídio em vez de homicídio involuntário.