O Governo de França admitiu que decretar estado de emergência para restabelecer a "ordem republicana" após a vaga de manifestações, desencadeadas pela morte de um adolescente baleado pela polícia.
O Presidente Emmanuel Macron está pronto para adaptar o dispositivo policial "sem tabus" depois de três noites de violência e, segundo fontes do governo francês, não irá colocar de parte, também, a instauração do estado de emergência.
A oposição defendeu esta medida de exceção, referindo que implica dar mais poder às forças de segurança e restringir as liberdades, de forma a conseguir interromper a escalada dos protestos.
Na noite de quinta-feira foram feitas mais de 660 detenções e quase 250 polícias foram reportados como feridos, avançou o Ministério do Interior.
A última vez que a França declarou o estado de emergência foi em novembro de 2015, após os atentados jihadistas em Paris.
Sublinhe-se que durante a pandemia, França recorreu à figura de estado de emergência sanitária, diferente da que está em causa agora.