O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, revelou que vai abandonar a política após as eleições gerais no seu país, motivadas pela demissão do seu Governo de coligação.
Esta decisão assinala o fim de um período de mais de 13 anos no poder onde o político liderou quatro governos diferentes que, em muitas ocasiões, foram atingidos por escândalos que nunca afetaram diretamente o primeiro-ministro.
Rutte, 56 anos, líder conservador do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), anunciou esta decisão na segunda-feira após um debate de urgência no Parlamento sobre a dissolução da última coligação governamental, ainda não havendo um sucessor para a liderança do partido.
"Ontem (domingo) tomei a decisão de que não estarei disponível para voltar a liderar o VVD. Vou abandonar a política quando o novo Executivo tomar posse após as eleições", revelou, acrescentando tratar-se de uma "decisão pessoal" tendo em conta os "acontecimentos das últimas semanas".
O quarto governo de coligação liderado por Rutte demitiu-se na sexta-feira passada após divergências e falta de acordo sobre medidas para controlar as migrações, com o ex-primeiro-ministro a argumentar que o fim da coligação foi uma decisão unânime dos quatro partidos que compunham a aliança, marcados por "diferenças irreconciliáveis".