O Governo brasileiro revogou, esta quarta-feira, um programa introduzido pelo ex-Presidente Jair Bolsonaro, que promovia a criação das chamadas "escolas cívico-militares".
Esta decisão foi tomada depois do Ministério da Educação afirmar que "não tinha comprovado a eficácia" do programa promovido por Bolsonaro,que argumentava que as escolas deviam "impor hierarquia", como "se faz nos quartéis".
Durante o Governo de Jair Bolsonaro foram abertas 216 escolas cívico-militares em todo o Brasil, onde a gestão pedagógica estava na responsabilidade de profissionais da área.
Contudo, a administração e os chamados "códigos de conduta" ficaram a cargo de pessoal ligado às Forças Armadas.
O Ministério da Educação brasileiro disse que nestas escolas haverá agora "uma transição criteriosa de atividades, que não compromete o quotidiano" dos estudantes e dos docentes, que se prolongará até ao final do presente ano letivo, altura em que estas escolas voltarão a ter a mesma disciplina de todos os matriculados na rede pública.
Os militares que trabalhavam nessas escolas vão ser deslocados para outras funções, mas no âmbito das Forças Armadas.