Leslie Van Houten, membro da seita conhecida como Família Manson, foi libertada de uma de uma prisão da Califórnia, na terça-feira, após cumprir 53 anos, na sequência de ter sido condenada por dois homicídios em 1969.
A mulher, uma jovem de 19 anos na altura dos homicídios, foi inicialmente condenada à morte pelo assassinato a 10 de agosto de 1969 do gerente de supermercado Leno LaBianca e da sua mulher, Rosemary, mas quando a pena de morte foi abolida na Califórnia, a sua sentença foi comutada para prisão perpétua.
A brutalidade do crime foi várias vezes destaque durante o julgamento de Leslie Van Houten, que esfaqueou Rosemary LaBianca pelo menos 14 vezes.
A advogada de Van Houten sublinhou que esta “vai ter que aprender a viver no mundo depois de 53 anos de prisão” e que a adaptação “vai demorar um pouco".
O gabinete do governador da Califórnia, Gavin Newsom, já tinha adiantado este mês que não iria recorrer da libertação de Leslie Van Houten, apesar de ter deixado claro o seu descontentamento com a decisão do Tribunal de Apelações.
O crime pelo qual Van Houten foi condenada ocorreu um dia depois dos homicídios da atriz Sharon Tate, mulher do realizador de cinema Roman Polanski, que estava grávida de oito meses, e de outras quatro pessoas, cometidos por outros elementos da Família Manson, seita responsável pelo menos da morte de sete pessoas.
O líder Charles Manson, morreu na prisão em 2017 aos 83 anos.