Moscovo admitiu que irá legalizar empresas militares privadas russas, nomeadamente o grupo Wagner, cuja existência ainda não é autorizada pela lei.
"Legalmente, a empresa militar privada Wagner não existe nem nunca existiu, é uma questão que tem de ser estudada e examinada mais aprofundadamente", informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.
Estas declarações surgem no mesmo dia em que o Presidente russo, Vladimir Putin, revelou, pela primeira vez, pormenores do encontro com o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e outros comandantes, cinco dias após a suposta rebelião fracassada.
Numa entrevista publicada, esta sexta-feira, no jornal russo, Kommersant, o líder da Rússia disse ter oferecido aos combatentes da empresa militar a possibilidade de se acantonarem "num só lugar" e de "continuarem a servir" a Rússia.
"Todos eles podiam reunir-se num só lugar e continuar a servir [a Rússia]. Nada mudaria para eles. Seriam liderados pela mesma pessoa que foi o seu verdadeiro comandante durante todo este tempo", informou Putin sobre o conteúdo da proposta feita aos mercenários.