O Infarmed autorizou o uso do pembrolizumab, um medicamento utilizado no tratamento do cancro de mama triplo negativo metastático, do colorretal metastático, do colo do útero persistente, do esófago metastático, carcinona das células renais em adultos e alguns casos de melanoma.
O acesso a este medicamento para casos de cancro de mama triplo negativo foi alvo de polémica, durante o mês passado, e deu origem a duas petições, ambas dirigidas à Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que reuniram mais de 50 mil assinaturas.
O Infarmed admitiu a autorização para as doentes com cancro da mama triplo negativo metastático, alegando que existem "novos dados" decorrentes do relatório de avaliação farmacoterapêutica do medicamento que permitiram constatar que o pembrolizumab seria passível de ser autorizado nestes casos, afirmou numa resposta enviada à Lusa.
Segundo os dados do Infarmed, mais de 260 medicamentos inovadores de diversas áreas, sobretudo oncologia, doença cardiovascular e sistema nervoso central, entraram no arsenal terapêutico nacional nos últimos cinco anos.
Depois desta fase, e para que possam ser utilizados e financiados pelo SNS, os medicamentos devem demonstrar vantagem terapêutica e vantagem económica face à prática clínica nacional, de forma a garantir o acesso de todos os cidadãos quer às terapêuticas inovadoras, quer aos demais cuidados que necessitem no contexto do SNS.