Lucros do Santander crescem 38% para 334 milhões de euros no primeiro semestre

“A dinâmica dos volumes de negócio continua influenciada pelo contexto de subida das taxas de juro pelo BCE”, diz o banco.

O Santander conseguiu um resultado líquido de 333,7 milhões de euros no final do primeiro semestre deste ano, um crescimento de 38,3% face aos 241,3 milhões registados no mesmo período do ano passado.

Neste período, o banco viu a base de clientes aumentar, com um crescimento homólogo de 75 mil novos clientes de banco principal e de mais de 120 mil clientes digitais. “Este crescimento impulsionou um incremento em 23% das compras efetuadas através de cartões emitidos pelo Santander e um crescimento de 4% nos levantamentos de dinheiro e de 68% no pagamento de serviços através de cartões”, diz o banco em comunicado.

O Santander contou ainda com cerca de 280 milhões de euros aplicados em soluções financeiras e com um aumento superior a cem mil das apólices de seguros adquiridas por clientes.   

“A dinâmica dos volumes de negócio continua influenciada pelo contexto de subida das taxas de juro pelo BCE. Ao longo do semestre, o banco manteve volumes mensais de mobilização de balanço significativos, superiores a 1,5 mil milhões de euros”, diz o banco.

O crédito a clientes ascendeu a 41,9 mil milhões de euros, uma redução de 3,8% face ao valor do mesmo período de 2022, “dinâmica largamente explicada pela amortização antecipada de créditos e pela menor originação de novos créditos”. E a carteira de crédito hipotecário, no montante de 22,4 mil milhões de euros, registou um decréscimo de 1,2% face ao período homólogo.

“Os resultados que apresentamos hoje são muito positivos e são fruto de uma transformação contínua do nosso modelo de negócio, que nos tem permitido melhorar a eficiência operacional e proporcionar uma experiência superior aos nossos clientes. O primeiro semestre foi, como se esperava, bastante desafiante”, diz em comunicado Pedro Castro e Almeida, Presidente Executivo do Banco Santander Portugal, acrescentado que “apesar da economia portuguesa apresentar sinais de crescimento, a elevada inflação e o ambiente de taxas de juro altas continuam a marcar o dia-a-dia das famílias e empresas portuguesas e a definir o rumo da atividade bancária”.

E acrescenta: “Continuamos empenhados em apoiar os nossos clientes ao mínimo sinal de dificuldade, apresentando-lhes, de forma proactiva, as melhores soluções para cada caso. E mantemos o firme compromisso de financiar a economia, o que só é possível com um banco sólido e rentável, como temos vindo a demonstrar”.