O Brasil registou no mês de julho a maior redução de sempre de desmatamento na Amazónia e, desde a chegada de Lula da Silva à presidência brasileira, registou uma redução de 42,5%.
Estes dados positivos são resultados de "política pública com base em evidência" e demonstram o regresso "das políticas ambientais e o respeito pelas instituições", reforçou a ministra do Ambiente do Brasil, durante uma conferência de imprensa, realizada na sede do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília.
A ministra defendeu que estes resultados são consequência de um trabalho das instituições de prevenção e de atuação na Amazónia que "foram ameaçados, censurados pelo Governo anterior", uma referência ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Ao apresentar os resultados, uma queda de 66% em relação ao ano anterior, o coordenador-geral de Ciências da Terra, Gilvan Sampaio, relembrou que este mês costuma ser "intenso para o desmatamento" uma vez que é o período com menor pluviosidade é o mais favorável às atividades de desflorestação.
Do início do ano até julho, a Amazónia perdeu 3.149 quilómetros quadrados de vegetação, o que representa uma redução de 42,5% em relação ao período homólogo de 2022.
Este valor revela uma tendência contrária ao aumento da devastação registada nos últimos meses do Governo de Bolsonaro, que cresceu 54,1% em termos anuais entre agosto e dezembro de 2022.