A visita do Papa Francisco a Fátima, que vai acontecer este sábado de manhã, acontece pouco mais de seis anos após a primeira deslocação que fez à Cova da Iria, para canonizar Jacinta e Francisco Marto.
Na altura, Francisco, na noite da chegada para a visita pastoral de menos de 24 horas, fez apelos à "paz e concórdia entre os povos". O papa pediu a "Nossa Senhora, que, no mais íntimo do Seu imaculado coração", veja "as dores da família humana que geme e chora neste vale de lágrimas".
"Seremos, na alegria do Evangelho, a Igreja vestida de branco, da alvura branqueada no sangue do cordeiro derramado ainda em todas as guerras que destroem o mundo em que vivemos", disse o líder da igreja católica, durante a oração proferida na noite de 12 de maio, após um momento de recolhimento frente à imagem da Virgem de Fátima.
As preocupações com a guerra deverão marcar a intervenção de Francisco na Capelinha das Aparições, nomeadamente a invasão da Rússia na Ucrânia.
"A consagração da Rússia, aliás, foi pedida pela aparição na mensagem aos pastorinhos de Fátima. Há 16 meses, Francisco rezou assim: 'Perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões que morreram nas guerras mundiais. Desconsideramos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a trair os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens", recordou Tornielli no texto divulgado no portal Vatican News.