Incêndio de Odemira destruiu reserva de burros

O incêndio destruiu as pastagens dos animais, instalações e material e consumiu os sobreiros e medronheiros existentes na propriedade.

O incêndio rural que começou este no sábado em Odemira, e que entretanto foi dominando esta quarta-feira de manhã, destruiu 40 hectares de floresta no Vale d'Alhinhos, em São Teotónio, onde se encontrava instalada desde março uma reserva de burros.

Os últimos dias nesta reserva foram "complicados", explica a presidente da Associação Arco do Tempo, Cláudia Candeias, que gere a reserva, em declarações à agência Lusa, descrevendo a necessidade de retirar os sete burros da reserva para os colocar a salvo.

O incêndio destruiu as pastagens dos animais, instalações e material, consumiu os sobreiros e medronheiros existentes na propriedade e obrigou os burros a serem retirados em duas ocasiões.

A primeira aconteceu no parque de campismo de S. Miguel num percurso de três quilómetros feito a pé, e depois, com o aproximar das chamas do parque, os animais tiveram de ser deslocados novamente.

"Tivemos de fugir com os burrinhos do terreno que ardeu todo", disse a Presidente desta estrutura, que referiu que, atualmente, os burros estão instalados no Monte da Moita, e a associação apela agora a ajuda de todos para começar a recuperar a propriedade, com especial urgência para uma bomba de água, tubos para canalizar a agua, cabos elétricos, feno e ração.

"A ajuda de todos é bem-vinda. Qualquer euro faz a diferença na sustentabilidade deste projeto", refere a reserva de burros nas suas páginas no Facebook e no Instagram, indicando dados para que possam ser feitas transferências.