Estado de emergência no Equador

Apesar do sentimento de  insegurança, a eleição presidencial, onde participam sete candidatos, irá realizar-se na data prevista, 20 de agosto.

Fernando Villavicencio, um dos candidatos às eleições presidenciais da República do Equador, foi assassinado com três tiros no final de um comício realizado no centro da capital, Quito.

Poucas horas depois, o cartel Los Lobos, a segunda maior organização criminosa do país, reivindicou o ataque. O assassinato ocorreu numa altura em que o país sofre uma escalada de violência devido às ações do crime organizado e ao tráfico de droga.

O número de homicídios, extorsões e ataques com explosivos tem aumentado nas últimas semanas. Villavicencio falava abertamente sobre a corrupção e a violência no país causada pelo narcotráfico, tendo afirmado que o Equador se tinha tornado um «narcoestado» e propunha-se lutar contra o que chamou de «máfia política».

O candidato era bastante crítico do ex-Presidente Rafael Correa e deslocava-se com proteção policial face às ameaças que recebera nas últimas semanas. O atual Presidente, Guillermo Lasso, decretou já o estado de emergência por 60 dias, mobilização imediata das forças armadas em todo o país e três dias de luto nacional.

Apesar do sentimento de  insegurança, a eleição presidencial, onde participam sete candidatos, irá realizar-se na data prevista, 20 de agosto, garantiu a presidente do Conselho Eleitoral, Diana Atamaint. Todos os candidatos suspenderam a campanha.