Com o campeonato português a merecer um espaço próprio nesta edição do Nascer do SOL, centremos as atenções nas outras ligas europeias que começam este fim de semana.
A Premier League continua a ser a referência do futebol mundial. Na época passada, esteve quase a haver um campeão diferente, o Arsenal, os seus adeptos ainda sonharam com o título que lhes foge desde 2004. Contudo, o fantástico final de época do Manchester City permitiu a reviravolta e deu aos citizens o terceiro título consecutivo. Agora vão lutar pelo tetracampeonato, algo que nenhuma equipa conseguiu desde que foi criado o campeonato inglês em 1888.
A desforra dos gunners aconteceu no primeiro jogo da época 2023/24, a Supertaça inglesa, onde o Arsenal venceu o City nas grandes penalidades. Este primeiro jogo mostrou que a equipa de Mikel Arteta pode voltar a lutar pelo título, mas há outras equipas que querem fazer bem melhor do que na época anterior, casos do Manchester United, Liverpool, Chelsea e Tottenham, e há ainda o Newcastle que, devido ao seu poderio financeiro, pode reunir argumentos para lutar pelo primeiro lugar. Uma certeza existe: todas as equipas se reforçaram para dificultar a vida ao City.
Os portugueses voltam a estar em destaque no campeonato inglês. Há 22 jogadores no plantel de oito equipas e Marco Silva como técnico do Fulham. O Wolverhampton mudou de treinador a poucos dias do início do campeonato, Gary O’Neil substituiu Lopetegui, e tem oito portugueses no plantel, seguem-se o Manchester City e Arsenal com três. No Manchester United jogam dois portugueses, com a particularidade de Bruno Fernandes ter sido escolhido para capitão dos red devils.
Os mesmos de sempre
Ao contrário do que acontece em Inglaterra, onde há vários candidatos sólidos ao título, em Espanha tudo se resume a um mano a ano entre Barcelona e Real Madrid, com o Atlético Madrid a dar um ar da sua graça ‘quando o rei faz anos’. No início de época, há 12 portugueses na La Liga, mas tudo aponta para a saída de João Félix. Após três anos de domínio dos clubes de Madrid, o Barcelona recuperou o título na época passada, mesmo depois de ter ficado sem a sua estrela maior, Lionel Messi. As duas principais equipas perderam as grandes referências dos últimos anos e os jogadores que ficaram não são propriamente jovens, o que se reflete na qualidade do futebol e na competitividade do campeonato. Se não surgir uma grande surpresa, a história da próxima época será alimentada pelo duelo entre os velhos rivais de Barcelona e Madrid. Os catalães continuam mergulhado numa crise financeira que limita o reforço do plantel, mesmo assim ainda se reforçaram a pensar na revalidação do título com a contratação de Gündogan (ex-Manchester City), Oriol Romeu (ex-Girona) e Iñigo Martinez (ex-Athletic Bilbao).
Sem grandes movimentações de mercado, o Real Madrid aguarda pacientemente pelo final da janela de transferências para desviar Kylian Mbappé de Paris para Madrid, o que seria a grande transferência de verão. Para já, o principal reforço foi Jude Bellinghon, que veio do Borussia Dortmund. Os restantes clubes jogam, sobretudo, para garantir um lugar na zona de acesso às provas da UEFA.