Por Nuno Melo
Nenhum partido governou tanto tempo em Portugal como o PS. Mário Soares (1976-1978 e 1983-1985), António Guterres (1995-2002), José Sócrates (2005-2011) e António Costa (desde 2015 até hoje), formataram como primeiros-ministros o essencial do modelo económico e social do país. Ao longo dos anos, lideraram a Esquerda que sobredimensionou o Estado, colonizou a administração, bateu recordes de despesa pública e carga fiscal, degradou mesmo assim a capacidade e eficiência dos serviços públicos essenciais – SNS, Escola Pública, Justiça -, reduziu os rendimentos disponíveis das famílias, comprometeu a competitividade das empresas, minou as escolas com ideologia, dinamitou valores, comprometeu a autoridade de professores, das famílias e das forças de segurança e assumiu, em cada decisão, um preconceito pouco lúcido em relação à propriedade e à iniciativa privada.
Nenhuma democracia acontece, apenas porque periodicamente se contam votos em urnas eleitorais. Aqui chegados, o Estado da Nação obriga-nos a questionar a própria ideia de Liberdade, em termos de normalidade.
O CDS-PP é uma Direita que faz falta. E como partido democrata-cristão, aberto a conservadores e liberais, luta por um país mais próspero e mais humanista, que privilegia o valor do mérito e do trabalho, com menos Estado e menos impostos, pelas famílias com mais liberdade de escolha e empresas com mais competitividade fiscal, sem esquecer as pessoas mais vulneráveis.
Família, Propriedade, Trabalho e Liberdade, são causas a defender como poucas vezes antes em democracia. São também as causas, identitárias e de sempre, que o partido sublinha num cartaz lançado esta semana,
A família, base nuclear da sociedade, é hoje desconsiderada, vivendo genericamente com rendimentos disponíveis comprimidos e imposições excessivas de um Estado, na fiscalidade, na educação e na autoridade que lhe cabe.
O direito de propriedade e a iniciativa privada, matriciais nas democracias de tipo ocidental, são violados por impostos, taxas e taxinhas exorbitantes, que transformam donos numa espécie de arrendatários do Estado. Acrescem arrendamentos compulsivos e um pacote Mais Habitação que violam tratados e a Constituição e que o CDS-PP questionou no parlamento e junto da comissão europeia, além do pedido feito ao Presidente da República, para que determine a avaliação do Tribunal Constitucional.
O trabalho é a grande aspiração de quem quer viver do seu esforço e mérito, atacado por cargas tributárias desproporcionadas e/ou salários baixíssimos, que aumentam o número de pessoas que vivem no limiar da pobreza e reduzem a classe média. Também as empresas têm em Portugal um dos países menos competitivos da OCDE, com maiores entraves administrativos e tribunais com piores respostas na resolução de conflitos.
Lutar por estas causas, é lutar pela Liberdade cerceada a muitos. É isso que o CDS-PP fará em cada um dos próximos ciclos eleitorais.