Por Aristóteles Drummond
Complicou-se a situação do ex-Presidente Bolsonaro no caso dos presentes recebidos em viagens ao Golfo e não entregues ao património nacional, como diz a lei. Bolsonaro levou um relógio para os EUA que foi vendido e depois recomprou para devolver. Outros casos surgiram e como a lei é clara de que presentes de uso pessoal seriam roupas, perfumes e alimentos, o homem que acabou com a corrupção de muitos l milhões na Petrobras, acabou enrolado. A incrível devassa em suas contas, assessores próximos e da própria mulher prosseguem com autorização do ministro Alexandre de Morais. Bolsonaro colhe o que plantou, para sofrer uma devassa que revela seu isolamento independente da popularidade.
VARIEDADES
• A oposição questiona o fato de os ministros frequentemente marcarem compromissos em seus estados nos finais de semana apenas para deslocamentos em aviões do governo. E como são mais de 30…
• A Rede Globo festeja os 50 anos do programa Fantástico, líder de audiência nas noites de domingo. Programação especial, recordando grandes momentos.
• A empresa Andrade Gutierrez, das mais importantes do setor de engenharia, com 70 anos, é a primeira das grandes a retomar atividades na área de obras publicas. Fora do Brasil deve voltar a trabalhar nas obras do metropolitano de Lisboa, onde foi presente nos primeiros trechos.
• E Roberto Carlos não permitiu o uso de sua música Amada Amante para filme da Netflix sobre crimes financeiros. Alegou que sua canção não poderia ter relação com malfeitores.
• O Senado vai tentar reformular o texto da reforma tributária aprovado na Câmara dos Deputados. É que, com o grande número de exceções incluídas, o IVA poderia ser o maior do mundo, com 27%. Caso seja alterado, o projeto volta à Câmara.
• Os processos contra os manifestantes de janeiro podem provocar penas de até 40 anos. Os atingidos seriam aqueles em que as filmagens mostram claramente a depredação de bens públicos. Parece certo exagero em país em que tantos traficantes e criminosos são libertados por questões jurídicas menores.
• O Presidente Lula anda um pouco descontrolado. Consta que quis demitir o comandante da Escola Superior de Guerra irritado com o convite para palestra de um ilustre jurista, Ives Gandra Martins, de 90 anos, crítico do governo. Na semana passada, cancelou na hora a audiência com um dos três empresários mais importantes do Brasil – que emprega 80 mil pessoas – por uma manifestação contra a designação de dirigente de empresa na qual o governo tem influência indireta, via fundo de pensão de estatal.
• As mulheres no gabinete de Lula andam tendo problemas. Simone Tebet teve de engolir nomeação polémica em seu ministério; Daniela Carneiro, conhecida como Daniela do Waguinho, deixou o Ministério cedendo o cargo para acordo político; e Marina Silva, que apoiou veto de seu ministério da exploração de petróleo na foz do Amazonas, vai ver o projeto aprovado. Tebet parece que aceita tudo para ficar no cargo, já Marina no outro mandato de Lula pediu demissão e brigaram.
• A atleta Ana Paula Henkel, medalhista olímpica e jornalista, condena a presença de atletas trans nas equipes femininas. Biologicamente o trans é homem e, portanto, não poderia atuar como mulher, afirma.
• A distribuidora de energia do Paraná, Copel, uma das cinco maiores do Brasil, passou a ser uma corporação privada, e o governo local manteve 15%. Ou seja, os governadores seguem privatizando, apesar de Lula ter paralisado o programa no governo central.
• Ciro Gomes é o mais duro critico do Governo Lula.
Rio de Janeiro, agosto de 2023