Vamos doutrinar os professores e os alunos (sexo e cor da pele)

O governo português propõe-se combater o sexismo e o racismo. Excelente, mas o que entendem por sexismo e racismo? E essa pergunta que importa fazer. 

por João Maurício Brás

 

Há um alerta crucial para professores, pais, juízes, médicos e a sociedade civil sobre uma nova doutrina oficial obrigatória. O século XX assistiu sob o signo de determinadas ideologias à legalização de ideias insanas e falsas. As pessoas por medo e apatia assentiram. No Ocidente estamos de novo a legalizar o delírio. A teoria do género como a teoria crítica da raça são invenções de uma visão do mundo nascida nas universidades dos EUA, tornaram-se canónicas desde os anos 80 e têm hoje força de lei e são mesmo uma imposição da ONU e da União Europeia. Pensar estas teorias, se não concordarmos integralmente, implica a condenação imediata com todas as fobias imagináveis. Mas estas teorias têm de ser questionadas através de factos e conhecimento fundamentado, que deve dispensar, para que se evitem confusões desnecessárias, qualquer visão religiosa ou ideológica. 

O governo português propõe-se combater o sexismo e o racismo. Excelente, mas o que entendem por sexismo e racismo? E essa pergunta que importa fazer. 

 

Conceitos como a teoria do género já não são sobre a igual dignidade de todas as pessoas, nem contra discriminações inaceitáveis. Trata-se da imposição de uma fantasia delirante, que quanto muito provocaria gargalhadas, mas está instituída como educação obrigatória, com dogmas como o que nos diz que uma mulher é qualquer pessoa que queira ser ou se sinta uma mulher. 

Os jovens vão aprender que o género é uma construção e que não tem de coincidir com o sexo, mero ato subjetivo, que há cem géneros e cada um de nós escolhe o seu, a importância da biologia e de ser um corpo é nula, a vida é apenas uma estratégia de poder e um discurso, as mulheres são construções sociais assignadas com um papel que as subalterniza e que uma mulher pode ter pénis e um homem pode engravidar, que a diferenciação sexual é ela própria uma construção. A família, o rapaz, a rapariga, a maternidade e a paternidade são opressões da sociedade patriarcal. A história da humanidade é o resultado da tirania do homem heterossexual branco sob todos os outros grupos. Sobre o racismo, aprende-se agora que todos os brancos e só eles são racistas, que há um racismo estrutural e sistémico branco, que a nossa história é um somatório de atrocidades e todos os que não são brancos são vítimas eternas. Esta é a nova catequese Queer e pseudo antirracista promovida pelas democracias liberais.

 

A teoria do género modificou-se e tornou com a nossa passividade, política oficial, o que constitui um dos grandes enigmas da contemporaneidade. Os exemplos são muitos, os Estados estão já a obrigar os professores a reproduzirem o pensamento único desses ativismos através de ações de formação, manuais, programas e leis. Consultar esses documentos permite perceber que a luta contra a desigualdade e a discriminação se transformou numa obsessão com o que designam por jovens LGBTI, que são no estado da arte atual, a conceção de homem resultante da última versão da teoria do género. 

 

Nas recomendações para as escolas para o ano de 2023, num documento orientador, lemos o que é o combate ao sexismo: «Designadamente: dirigir-se à pessoa pelo nome e género gramatical indicado pela própria pessoa ou pelos seus representantes legais… Fazer respeitar o direito a utilizar o nome auto-atribuído… Assegurar o acesso a casas de banho e balneários».