O PSOE rejeitou viabilizar um governo minoritário de direita durante dois anos, proposto pelo PP, reforçando a intenção de negociar com independentistas de forma a formar um novo executivo liderado por Pedro Sánchez.
O PSOE "não vai apoiar a investidura do senhor Feijóo", anunciou a porta-voz dos socialistas, Pilar Alegría, referindo-se ao presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo.
Feijóo, que venceu as eleições legislativas, mas não tem uma maioria de apoio no parlamento que lhe garanta a investidura como primeiro-ministro, revelou, esta quarta-feira, que propôs a Sánchez um acordo onde governaria o partido mais votado, como sempre aconteceu na democracia espanhola nos últimos 45 anos, e que acabaria com a influência dos independentistas catalães e bascos.
O líder do PP acrescentou ainda que, após um encontro entre os dois líderes, foram propostos "seis grandes pactos de Estado" e que os socialistas viabilizassem um governo dos populares para uma legislatura de dois anos, o tempo para pôr em marcha esses acordos.
A porta-voz do PSOE reforçou que o PP se apresentou nas eleições de 23 de julho "com uma única proposta", apoiada pelo VOX (extrema-direita): "Revogar o sanchismo", ou seja, as políticas dos últimos anos do atual governo, liderado por Pedro Sánchez.
"Passaram de querer revogar o sanchismo a rogar ao sanchismo", disse em tom irónico Pilar Alegría, durante uma conferência de imprensa.