As bandeiras de praia são usadas para comunicar informações importantes aos banhistas sobre as condições atuais da água e do clima, bem como para alertar sobre possíveis perigos. Embora os sistemas possam variar de um país para outro, aqui estão alguns exemplos comuns de bandeiras de praia e os seus significados mais frequentes.
A bandeira verde prende-se com condições seguras, pois indica que é seguro nadar na água, sem perigos conhecidos, enquanto a bandeira amarela significa que tem de se ter atenção, sendo que pode indicar correntes de retorno moderadas ou outras condições de banho um pouco mais desafiadoras. Os banhistas devem ter precaução extra. Já a bandeira vermelha significa perigo, indicando condições perigosas, como correntes fortes, ondas grandes ou ventos fortes. Nadar pode ser arriscado, e os banhistas devem ficar na área rasa.
As ondas não são a única causa de perigo. A título de exemplo, esta semana, no dia 29, a praia fluvial de Bitetos, no concelho de Marco de Canaveses, foi interdita a banhos depois de uma análise à agua ter revelado «valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência». Em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) informa que a análise foi realizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, que posteriormente aconselhou o Comando-local da Polícia Marítima do Douro a proceder à interdição. Esta interdição «irá manter-se até que os resultados das novas análises à qualidade da água indiquem que os valores microbiológicos se encontram dentro dos parâmetros de referência», diz ainda a nota. Foram colocados avisos nos acessos à praia e a bandeira vermelha foi hasteada.
Já no dia 21, havia sido levantada a interdição a banhos na praia da Duquesa, no concelho de Cascais, como anunciou a AMN. Em comunicado, a AMN informou que a indicação foi dada pela Autoridade Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo «face ao resultado de uma nova análise à qualidade da água» realizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). «Após ter sido efetuada uma nova análise da qualidade da água na praia da Duquesa, em Cascais, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) informou que o resultado da análise indica que os valores microbiológicos estavam dentro dos padrões de qualidade», dizia ainda nota. Assim, na sequência dos resultados positivos, após a água estar imprópria, foi levantada a interdição a banhos nesta praia, «tendo sido dadas instruções para que fosse hasteada novamente a bandeira verde na praia».
Há um nível acima da bandeira vermelha: a bandeira vermelha com uma faixa preta indica que é proibido nadar devido a condições extremamente perigosas. Isso pode incluir tempestades, mar agitado ou outros riscos. Já a bandeira azul tem a ver com a qualidade da água, indicando que a qualidade da água é boa para os banhistas. Geralmente, essa bandeira é mais usada para comunicar informações ambientais e sanitárias. Portugal tem, este ano, um total de 423 bandeiras azuis – que nasceram em 1987 -, distribuídas entre 394 praias, 17 a marinas e 21 a embarcações, anunciou esta quinta-feira a Associação Bandeira Azul. De acordo com a associação, há mais uma Bandeira Azul do que no ano passado.
Assim, das praias galardoadas, 347 são costeiras (mais 4 do que no ano passado) e 47 no interior (menos 3 do que no passado), sendo 9 o total de praias novas com Bandeira Azul, 4 reentradas e 12 saídas. No que diz respeito às regiões, o norte de Portugal é quem lidera, 87 praias galardoadas (mais 5 do que no ano passado). O Centro terá 48 bandeiras em 47 praias, na região de Lisboa e Vale do Tejo são 76 as que terão Bandeira Azul, das quais 62 são costeiras e 14 no interior, no Alentejo são 39 as praias galardoadas e, no Algarve, são 85 as praias com Bandeira Azul, todas costeiras. Por sua vez, nos Açores, são 44 praias (mais duas do que no ano passado) e na Madeira há 16 bandeiras azuis.
A bandeira roxa, por sua vez, prende-se com o perigo de vida marinha e pode ser usada onde há águas-vivas, tubarões ou outros animais perigosos. Por outro lado, a bandeira branca significa que a água está calma, indicando que as condições da água estão relativamente calmas, sem ondas grandes ou correntes fortes.
No entanto, estas informações podem variar consoante as regiões geográficas. Por exemplo, em 2018, surgiu uma nova bandeira nas praias portuguesas. A bandeira, metade vermelha, metade amarela, veio juntar-se às bandeiras verde, vermelha e amarela, mas para indicar a zona segura para tomar banho. São os nadadores salvadores de cada praia os responsáveis por colocar as bandeiras de acordo com as zonas onde é seguro ir à água. A localização pode variar de acordo com as marés e dizem respeito a zonas onde não há, por exemplo, agueiros, as chamadas correntes de retorno. A sinalização, que tem o nome exato de ‘zona recomendável para os banhistas entrarem na água’, de acordo com o Instituto de Socorros a Náufragos, já havia sido testada na época balnear do ano anterior e está também presente em praias europeias.